sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Egito: artes visuais e cênicas

EGITO

No Egito Antigo, país localizado na região nordeste da África, em aproximadamente 3000 a.C., a parede já era usada para desenhar e fazer baixos relevos com a intenção de registrar a sua história, das dinastias e de sua mitologia. O povo egípcio acreditava que após a sua morte, poderia viver eternamente no “Mundo dos Mortos”, se tivesse lido o “Livro dos Mortos” que comentava sobre os deuses egípcios. Mas só poderiam viver neste mundo, desfrutando de tudo o que tiveram em vida, após um julgamento, conhecido como “Julgamento de Osíris”, onde seu coração era pesado e deveria pesar menos que uma pena. O Faraó contratava artesãos e escribas para, nas paredes das pirâmides, registrar com desenhos detalhados a sua vida. Mas, para que o corpo do faraó se mantivesse intacto para esta nova vida, era necessário mumificá-lo. A representação dos personagens nestas paredes obedecia a um padrão conhecido como “Lei da Frontalidade”, segundo o qual as figuras eram representadas com o tronco de frente, as
pernas, braços e cabeça de lado. Quanto mais importante o personagem, maior o espaço que sua representação ocupa na parede, obedecendo-se à seguinte hierarquia: primeiro o Faraó, em seguida sacerdotes, depois militares, camponeses e por último escravos.





CURIOSIDADES
Champollion e a Pedra de Roseta







Diante do grande e antigo Templo de Dendera, no Alto Egito, aqueles quinze homens sentiram-se petrificados. O luar brilhava através do pórtico, iluminando as centenas de hieróglifos e figuras entalhadas nas superfícies de arenito duro do templo. O chefe da expedição, Jean-François Champollion, mantinha um ar de calma, mas estava intimamente admirado. Desde menino ele havia sonhado com o Egito Antigo. Depois de ter estudado todos os livros sobre o Egito que conseguira, ele passara a conhecer esse país tão bem que vivia nele em seus sonhos e imaginações. Agora, em 1828, esse francês, curador do museu e professor de História, com 38 anos de idade, pisava o solo de uma terra que, embora antes distante, era como um lar para ele. Para os outros homens da expedição, Champollion, com sua pele escura e usando veste e turbante, parecia um habitante daquela antiga região. Eles o chamavam de "o egípcio".
Quando Champollion contemplou os belos e solenes hieróglifos inscritos nas colunas e paredes de Dendera, começou a fazer uma leitura deles... a primeira pessoa a fazer isso num período de quase dois mil anos. A misteriosa história daquela terra antiga começou a jorrar diante de seus próprios olhos. As lendas de poderosos reis, sacerdotes e deuses, foram contadas novamente. A terra dos mortos tornava-se viva!

TATUAGENS.

Na verdade, no Antigo Egito já eram feitas tatuagens. Essas foram encontradas em múmias no Vale do Rio Nilo e segundo especialistas, eram feitas em prisioneiros, para que eles não fugissem.

PIRÂMIDES

Por ordem dos faraós Quéops, Quéfrem e Miquerinos, do Antigo Império, foram construídas três imensas pirâmides no deserto de Gizé para abrigar seus restos mortais. A maior delas, a de Quéops, tem cerca de 146 metros de altura e ocupa uma superfície de 54 300 metros quadrados. Esse monumento revela o domínio dos egípcios sobre a técnica de construção. Nas suas imensas paredes não existe nenhuma espécie de argamassa para unir os blocos.


ENIGMA DA ESFINGE

Esfinge é uma imagem que mistura um leão estendido com a cabeça de um falcão ou de uma pessoa, inventada pelos egípcios do  império antigo, entretanto a cultura grega retoma esse mito. Encontramos citações dela na história de Édipo.
A pergunta da esfinge era: O que é que tem quatro pés de manhã, dois ao meio-dia e três de tarde? Édipo responde que é o homem, derrota a Esfinge e se casa com Jocasta sua mãe.



A grande esfinge foi construída ao lado da Grande Pirâmide de Gizé, no Egito por volta da IV dinastia (2723 a.C.–2563 a.C.). Sua enorme cabeça copia os traços do faraó Quefrén ou possivelmente de seu irmão Faraó Djedefré com seu turbante real.


DEUSES DO EGITO

OSÍRIS

Irmão de Seth e marido de Ísis, é o filho primogênito de Geb(terra) e Nut(céu) e por isso teve o direito de governar o trono do Egito. Seu irmão Seth, por inveja destrói Osíris e espalha seus pedaços por todo o Egito. É representado em forma de múmia, com uma coroa branca, plumas
e chifres.
 
ISIS

A deusa mais popular do Egito, ela representava a magia e os mistérios daquela região, a mãe perfeita em sua dedicação. É representada como uma mulher que costuma carregar inscritos sobre sua cabeça os hieróglifos referentes ao seu nome.


ANÚBIS

Conduzia as almas para Osíris julgá-las. Era o senhor da Terra do Silêncio do Ocidente, a terra dos mortos, o preparador do caminho para o outro mundo.

HORUS
É uma divindade solitária relacionado ao juízo das almas no mundo inferior, apresentando as almas ao Juiz Divino. Era considerado idêntico e feito da mesma substância de seu pai, Osíris.

HATHOR 

É a deusa-vaca, símbolo do Céu; era representante do sexo feminino, da alegria, do amor, da fecundidade e do prazer.


MAAT 
Representa o equilíbrio , a harmonia do universo e personifica a justiça, protegendo os tribunais.


NEFTIS
Irmã de Ísis e, junto com ela, representava o aspecto dual da natureza; Ísis representava o bem e Neftis o mal.


PTAH
Era o deus protetor da antiga capital do Egito, Mênfis, sendo o criador das artes.



O primeiro dos deuses, criado a partir do Caos Inicial, emergiu da escuridão numa flor de lótus. Também conhecido como Amon-Rá, o Deus Sol.

SETH


Deus que simbolizava o lado escuro de Osíris, o mesmo que o Adversário, o lado malígno contrapondo-se a Osíris. Matou seu irmão Osíris numa luta pelo poder no Egito.


TOTH

Deus da sabedoria e do mistério, o deus escrevente; o juíz, cuja sabedoria e autoridade é marcante sobre todos os outros deuses. Anota os pensamentos, palavras e ações dos homens durante a vida e as pesa na balança da justiça divina.


SELKHET
Deusa da morte tinha como símbolo um escorpião na cabeça e providenciava alimentos para os mortos.



Atividades: Na Antiguidade, a decifração de enigmas era prova de inteligência. Com o passar do tempo, a prática perdeu o sentido filosófico. Hoje, tais enigmas são encontrados na voz anônima do povo e, particularmente, na boca das crianças.
a) Quatro Romanos e um Inglês viajavam num automóvel. Qual era o nome da mulher que conduzia o automóvel? b) O rato roeu a roupa do rei de Roma, quantos erres têm nisso? c) O que é um pontinho branco no meio da grama?
Relatório do vídeo Tesouros Culturais – Egito (3 pontos) Produção Artística (7 pontos)


VOU POSTAR A ATIVIDADE SUGERIDA...


Teatro no Egito e Antigo Oriente
Ao estudarmos o teatro no Egito podemos pesquisar e imaginar quais são as bases da civilização Ocidental 3.000 anos antes de Cristo.
Nesta criativa época o Egito instituiu as Artes Plásticas, a Mesopotâmia a Ciência e Israel uma religião.
Nossas informações sobre o Egito chegaram através de poucos documentos como o Antigo Testamento. As escavações de arqueólogos revelam rituais de encenação, “somos capazes de reconstruir s origem do diálogo na dança egípcia de Hator e a organização da paixão de Osíris em Abidos”.(Berthold, 7)
As máscaras neste período parecem ter utilização ornamental, embora não percam sua carga emocional.
Gaston Maspero, egiptologista, em 1882, chama a atenção para o caráter dramático das escrituras nas pirâmides. Entretanto apesar desta demonstração de estrutura dramática e embora existam rituais de oferendas aos deuses que poderíamos considerar o inicio de uma manifestação cênica falta o componente essencial para o teatro: o público.
Encontramos esse parceiro nas danças dramáticas cerimoniais e nas apresentações dos mistérios de Osíris em Abidos, que são reminiscentes das peças de paixão. No mistério do deus que se tornou homem – sobre a entrada da emoção humana no reino do sobrenatural, ou a descida do deus às regiões de sofrimento terreno – existe o conflito dramático e, assim, a raiz do teatro. Não podemos esquecer da importância dos cultos os mortos no além mundo onde todos os prazeres da terra deveriam existir.
Mas o teatro no Egito não toma força  pois o egípcio permanece servil ao faraó, ele aceita leis impostas por ele como se fossem mandamentos dos deuses. Esse apego às tradições sufocou as sementes do teatro que surgiam como os exemplos citados acima. Para o surgimento da arte dramática precisamos de indivíduos livres para participar da vida na comunidade. O cidadão grego possuía voz em seu governo e possibilidade de confronto pessoal com o Estado, com a história, com os deuses.
Faltava ao egípcio o impulso da revolta, não conhecia o conflito do indivíduo e a vontade dos deuses, de onde surge a ideia inicial de teatro. Por mais de três mil anos as artes plásticas se desenvolveram, mas o drama nunca foi despertado.
O teatro de sombras surge no Egito durante o século XII d.C., proporcionou estímulos para a representação de lendas populares e eventos históricos. Sua forma e técnica forma inspiradas pelo Oriente.

MUMIFICAÇÂO DA MAÇA
Você vai precisar:
- Uma Maçã;
- Sal de cozinha;
- Um recipiente;
- Bicarbonato de Sódio;
O recipiente poderá ser um pote de margarina. É importante fazer vários furos com agulha no fundo do recipiente, para que a água que sair da maçã não fique em contato com a mesma. Assim, a maçã se conservará melhor.
Como fazer:
1. Fazer uma mistura de sal de cozinha com o bicarbonato de sódio. Esta mistura deverá ser 3 vezes maior que o peso da maçã. Por exemplo: se a maçã tiver um peso de 50 gramas, a mistura deverá ser 3 vezes maior, ou seja, 150 gramas, sendo 75 gramas de sal e 75 gramas de bicarbonato.
2. Colocar a maçã no recipiente.
3. Cobrir a maçã com a mistura de sal e bicarbonato de sódio.
4. Agora é só esperar duas ou três semanas e você verá uma maçã mumificada. Ela ficará seca e dura, mas se conservará por muito tempo como as múmias no Antigo Egito.

Como sugestão você pode deixar um aluno(a) responsável por cuidar da maçã e trocar o "cuidador" semanalmente. 
Colaboração: Moacir Elias Santos.
Referência
Arte / vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006. – 336 p.
PROENÇA, Graça. Descobrindo a história da Arte.São Paulo:Ática,2005.

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